domingo, 26 de junho de 2011

Nightmare - Avenged Sevenfold


O Avenged Sevenfold é uma banda americana de hard rock/metal que vem se tornando um dos nome mais fortes do gênero. No começo era uma banda de metalcore, com vocais gritados, mas foram evoluindo até se tornar uma das bandas mais significativas e versáteis do atual cenário metal, reunindo muitos elementos de vários outros gêneros, como country e com uma variedade muito grande de estilos de composição. Nightmare é o quinto álbum da banda e vem com uma carga emocional muito forte, pois durante o processo de composição e gravação desse disco o baterista original da banda Jimmy "The Rev" Sullivan morreu. Para completar o álbum a banda chamou Mike Portnoy, até então baterista do Dream Theater e uma das maiores influências de Sullivan.
O disco já começa muito bem com a faixa título que, à princípio, engana com uma introdução bem calma para depois se transformar em uma mistura de metal/punk bem típica da banda. Outra característica marcante da banda que é bem presente tanto nessa música quanto nas outras do disco são as melodias dobradas pelos guitarristas Synyster Gates e Zacky Vengeance que remetem à uma das grandes influências da banda, o grupo Iron Maiden. A próxima música do álbum é "Welcome to The Family", que já começa com um curto mas fantástico solo de bateria, gravado por Portnoy. É uma música muito boa, mas não a destaco como um ponto alto, por ser um pouco previsível demais. A terceira faixa, "Danger Line", começa com um ritmo de bateria que é quase como uma marcha militar e depois se transforma em uma composição típica da banda, mas tem uma mudança drástica embalada por um piano, um ótimo solo de Synyster Gates e, surpreendentemente, uma melodia assobiada. Fico espantado na capacidade de criação desses músicos, onde mais se veria um assobio em uma música de rock? A próxima música é, para mim, um dos pontos altos do discos, "Buried Alive" tem tudo o que se espera de uma grande música. Tem uma melodia excelente, variações de clima surpreendentes, um vocal que vai do calmo ao raivoso em um piscar de olhos, além de um timbre de guitarra sólido e marcante. Mais para o final essa música também deixa clara outra forte influência da banda, o quarteto americano Metallica. "Natural Born Killer" é uma música muito boa, mas fica um pouco aquém das demais, também por ser meio previsível. A próxima música é para mim O ponto alto do disco, "So Far Away" é uma balada quase acústica muito inspirada composta pelo guitarrista Synyster Gates como uma homenagem ao baterista Jimmy "The Rev". Essa música conta com um solo perfeito, que demonstra que Synyster alcançou uma maior maturidade como guitarrista pois, mesmo tendo a técnica necessária para debulhar um zilhão de notas, preferiu destacar a emoção com umas poucas notas, ele é, para mim, o melhor guitarrista dessa nova safra de bandas de rock/metal.
"God Hates Us" é outra música que engana, começa com uma melodia bem calma e depois descamba para um speed metal esmagador com linha de bateria muito bem feita. O solo dessa música mostra o técnica infalível que Gates tem, sendo um dos mais rápidos do disco, sem nunca cair em um exibicionismo gratuito. "Victim" puxa um lado mais progressivo da banda, com uma certa influência de Pink Floyd. É uma música que tem um crescente muito interessante, alterando climas mais leves com outros bem sombrios e pesados, e também conta com um excelente solo de Synyster Gates. A próxima música é "Tonight the World Dies", uma faixa um pouco insípida para mim, parece que está faltando alguma coisa, mas o vocal de Matt "Shadows" nessa música é algo de outro mundo, muito bom mesmo. "Fiction" é uma música interessante, pois é uma composição de "The Rev", feita três dias antes de sua morte. É uma música bem experimental, com um piano em um ritmo meio quebrado e uma seção no meio com um vocal meio estranho, mas vale a pena ouvir para saber de uma faceta não muito explorada da banda. A última música do disco é "Save Me", que é quase como um "resumão" do estilo da banda, tem de tudo, desde a introdução épica, as melodias dobradas na guitarra, excelentes solos de guitarra e uma linha vocal muito bem feita. É outro dos pontos altos do disco. Se eu fosse recomendar à alguém que não conhecesse a banda, indicaria essa música.
Bem, sobre esse disco é isso. É um álbum que recomendo à todos pela sua variedade de canções sempre de ótima qualidade. Até a próxima semana com mais uma resenha de um dos cd`s da minha Biblioteca de Discos.

domingo, 19 de junho de 2011

P.U.L.S.E - Pink Floyd


Quando decidi começar esse blog com resenhas sobre discos da minha coleção me deparei com um dúvida: Com qual deles começar? Decidi começar por um que fosse significativo na formação do meu gosto musical. Decidi então por esse, que foi meu primeiro CD do Pink Floyd e realmente mudou minha visão sobre música. Mas agora vamos lá, o CD dessa semana é P.U.L.S.E, do Pink Floyd.

Esse CD duplo ao vivo foi gravado durante a turnê do disco "The Division Bell", no ano de 1994. Esse disco já não conta com Roger Waters, baixista original, na formação. Antes de falar do som do disco em si, o encarte desse CD é uma das razões que me fez tomar gosto por comprar discos ao invés de baixá-los. Ele traz fotos dos shows bem detalhadas, os equipamentos que foram usados para gravar o show e uma série de informações que acabam transformando a experiência de abrir um CD, ouvir a música, ler o encarte em algo realmente instigante e empolgante.
Já falando do disco em si, uma coisa que fica claro na primeira vez que ouvimos é a clareza e a nitidez dos instrumentos, consegue-se ouvir todos eles muito bem! O CD já começa muito bem com uma versão fantástica de "Shine On You Crazy Diamond", ela conta com uma introdução bem longa, mas assim que começa o solo de David Gilmour, é como se a duração da música não importasse mais. É, definitivamente, para mim, um dos pontos altos desse disco. Se eu fosse falar de todas a faixas, esse texto não iria acabar nunca, então, vou só tratar de algumas mais marcantes. A próxima faixa é uma das que mais me chamou a atenção das primeiras vezes que ouvi, "Hey You" me chama muita atenção pelo seu crescente, começando calma pra depois ir crescendo até ficar mais pesada. Outro ponto que eu destaco desse primeiro CD é, claro, "Another Brick in The Wall Pt. II", que deve ser, provavelmente, a música mais conhecida da banda e que, nessa versão, conta com um solo de guitarra fantástico, que contém a assinatura de David Gilmour, é impossível ouvir e não saber que é ele que está tocando.
O segundo CD é, basicamente, a versão ao vivo do disco "Dark Side of The Moon", o álbum de maior sucesso da banda. É uma grande amostra de como uma banda deve soar ao vivo. Escolher algumas músicas para destacar é uma tarefa quase que impossível, mas "Time" definitivamente é um ponto alto, com algumas diferenças em relação à versão de estúdio, principalmente o solo, que, embora seja bem diferente da versão original também é muito bom. Outra faixa que deve ser destacada é "Money", que é uma música bem interessante por si só, já que é como duas músicas em uma só, na primeira metade é quase um soul, funk e, depois do solo de saxofone, se transforma completamente em rock. As outras duas músicas a destacar são "Wish You Were Here" e "Comfortably Numb". A primeira é junto com "Another Brick in The Wall" uma das músicas mais conhecidas do Pink Floyd, é também tem uma versào muito boa nesse disco. Ouvir David Gilmour cantando as notas ao mesmo tempo em que ele as toca no violão foi um daqueles momentos em que parecia que uma porta estava se abrindo. Essa foi uma das primeiras músicas que aprendi a tocar no violão e, até hoje, não dá pra não sorrir só de ouvir a belíssima introdução dessa música. Se "Wish You Were Here" me despertou a vontade de tocar violão, "Comfortably Numb", foi uma das músicas que me fez pegar a guitarra. Essa música é um ótimo exemplo de arranjo e composição, com uma parte bem densa, quase sombria, que se alterna com outra parte bem mais leve, alegre. É definitivamente uma daquelas músicas que te leva a vários lugares diferentes. Isso sem falar dos dois magníficos solos de guitarra, daqueles que arrepiam todos os pelos do braço. É tão interessante como os dois solos são bem melancólicos, mas nunca te deixam para baixo, são definitivamente duas obras primas da guitarra.
Bem, essas são as minhas impressões sobre esse disco que foi e é muito importante para o desenvolvimento do meu gosto pessoal. Obrigado pela leitura e semana que vem tem mais uma resenha de um dos exemplares da minha Biblioteca de Discos.